segunda-feira, 15 de março de 2010

Vereadores do PC do B no debate sobre merenda escolar


Monteiro e Meleiro

Ontem na Câmara de Vereadores aconteceu a Audiência Pública sobre a Merenda Escolar.A realização da Audiência foi um pedido do Vereador Luís Meleiro (PCdoB).
Participaram os Vereadores Luís Meleiro (PCdoB) no qual dirigiu a audiência, Manoel Monteiro (PCdoB), Lulu Neri (PP) que esteve durante a abertura, mas precisou sair para cumprir uma agenda no seringal Paraíso. Ainda contou com a participação da Secretária Municipal de Educação Ciméia Bayma, a coordenadora de Ensino Rural Elen Calixto, a coordenadora da Merenda Escolar Nilzemar Torres, a Nutricionista Maria do Expírito Santo, o Presidente do Sinteac João Maciel, a Presidente do Sindicato Rural Inês Barbosa e os professores que trabalham na zona rural.
O principal objetivo da audiência era encontrar meios para melhorar a qualidade da merenda escolar na zona rural. O que gerou grande debate foi o recurso destinado ser insuficiente para abastecer de forma qualitativa a merenda nas escolas rurais.
Dentre os principais problemas relatados pelos professores e pela presidente do sindicato rural  podemos destacar:
- A quantidade de merenda que é insuficiente para passar a quantidade de dias como é colocado pelo setor da merenda. O cálculo para repasse do dinheiro da merenda a estados e municípios subiu de R$ 0,22 para R$ 0,30 por dia para cada aluno matriculado em turmas de pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos. As creches e as escolas indígenas e quilombolas, que recebiam R$ 0,44, passarão a contar com R$ 0,60. As escolas que oferecem ensino integral por meio do programa Mais Educação terão R$ 0,90 por dia. Se tratando da região Norte, o valor já é baixo e a prefeitura não entra com contrapartida de nenhum centavo.
- O transporte até a escola: Muitas escolas de difícil acesso às vezes o professor ainda tem mais essa preocupação.
- Armazenamento da merenda escolar: As escolas não têm um espaço adequado que sirva como depósito para armazenar a merenda, comprometendo a qualidade.
- Falta de gás: Muitas vezes os alunos têm que levar carvão, pois demora bastante para a carga ser reposta.
- Falta de merendeira e servente para limpar a escola e preparar a merenda: O professor que trabalha com sala multiseriada ainda tem que se preocupar com a merenda e limpeza da escola.
-As poucas escolas que têm merendeira às vezes não preparam de forma recomendada, pois não fizeram capacitação para isto.
O presidente o Sinteac João Maciel ainda ressaltou sobre o problema quanto aos fornecedores  da merenda  escolar, pois estes são pessoas que já compram o produto de outras pessoas encarecendo desta forma a merenda e até diminuindo a quantidade. Até sugeriu que alguns alimentos fossem comprados do próprio agricultor, fornecendo desta forma uma merenda de qualidade e fortalecendo a economia da zona rural. Outro problema é quanto à participação do conselho escolar no acompanhamento desde a compra e entrega da merenda que não participam deste processo, que é uma das principais recomendações do MEC.
A nutricionista enfatizou a qualidade da merenda, pois as crianças não são animais para se alimentarem com uma merenda de qualquer jeito, são seres humanos que estão em fase de crescimento e que tem que haver todo um cuidado especial na alimentação quanto à preparação e higiene. 
Após o debate e discussão sobre a merenda escolar foram tomados alguns encaminhamentos como:
- Reunir com a equipe da prefeitura: prefeito, secretário de finanças, secretária de educação para que os problemas sejam resolvidos;
- A Câmara criar uma lei que exija uma complementação por parte da prefeitura;
-  Planejar uma capacitação para as merendeiras que trabalham na zona rural;
- Disponibilizar transporte adequado e suficiente para que  merenda seja entregue a tempo mais hábil.


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